Mudaçe

>> 31 de julho de 2009

Peço ao mundo
sujo e imundo
que me abandone

que de leve me dispa
de meu rosto
de meu posto sobrenome

Peço, ó mundo
deixe-me vagabundo
e me varra pro espaço

deixe-me ir pro outro lado
onde prezo que não habite
tal tristeza que cá insiste

Rezo, meu mundo
que por lá eu encontre paz
serena e calma como este verso

que me leva prum
calmo sono e quiçá
prum outro universo

Veja, mundo meu
se por cá eu escorro lágrimas
não é este meu ganha pão
não é este o meu destino
e tão pouco minha solução
tenho fé que serei melhor
viverei sem sofrer razão
e guiado por meu coração
vou mudar os ares de tom
neste lado de lá que vem
pouco a pouco vou me moldar
de profano ao regular
e por lá deverei ficar
Não precisa me dizer
não me diga como será
com o pouco que sempre quis
dou por mim que serei feliz

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Or is my baby still my baby true?

>> 30 de julho de 2009

para ler ao som de Is you is or is you ain't my baby? (versão de Anita O'Day) - trilha de Shortbus

a pele
à flor
de nós

suor correndo dos poros
abertos pro mundo
olhos castanhos de cor
manchados por substâncias

por eles passam idéias
suas, misturadas as dela
que te tragam pra dentro
de si mesma, não?

Is you is or is you ain't my baby? (bis)

te fiz até refrão
my shoo shoo
por que você não
volta pro meu travesseiro?

maçãs não são as mesmas
vermelhas e doces
ou amargas e consistentes
de quando você as colhia

o jardim solar
dos sonhos Yellow Submarine
engoliu Alice in the sky -
lab
.

o lado direito
vazio da cama
ainda é o aliado maior
de minhas saudades

[baby, it's you]

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Meu senso de humor duvidável que usa "engraçado" pra tudo.

>> 28 de julho de 2009

Tava fuçando numas coisas, e encontrei um texto salvo com o título " Flawless Victory"

Achei engraçado, porque é uma frase que aparece quando você mata o oponente no mortal kombat sem que ele te acerte nenhum golpe.
Achei engraçado mesmo.
É do dia 30 de junho de 2008. Faz quase um ano exato.
Achei que seria mais engraçado ainda se eu postasse aqui. Talvez alguém se identifique.
Eu não me identifico mais.

"Flawless victory

Ah, eu não posso! Não posso, mesmo! Juro que não posso.

Eu vou tentando seguir assim sem olhar pra você e você vem se enfiar na minha frente, dentro da minha boca, no meio das minhas pernas...

Não posso me apaixonar por você assim tão mais depressa que você. Que se fosse devagar dava pra entender, mas em menos de quinze minutos eu já te queria semi-nua a me despir inteira. Queria meu corpo contra a parede, pressionado pelo seu corpo, e assim foi. Você sentiu, previu, me puxou, beijou, e quase fiz o que quis. Mas você não deixou.

Nessa casa tem tesão escorrendo dos seus dedos e descendo pela minha barriga, molhando todo o chão. Tem minha língua no seu umbigo empurrando sua calça pra baixo. Tem você do meu lado, minha mão no seu cabelo... olho no olho e seu sorriso sempre lindo meio de canto.

Ah, amiga, eu não vou dizer que eu já sabia... tua boca gemendo no meu ouvido e eu realizando todos os pedidos até o dia em que for pra cama com você."


Tomei café demais e agora tô tremendo muito pra conseguir digitar.

Talvez eu comece a meditar.

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Para o gênio da lâmpada

>> 23 de julho de 2009

Eu quero que ela me odeie sem motivos e que seja injusta. E que apunhale com muito mais força de uma só vez.

Eu quero não aguentar mais.
Eu quero desistir.

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(des)perto.

Ponto e vírgula,
olhos de
amêndoa
pele de cor
o gosto da sua
minha boca
sabe de cor

Dois pontos
(des)iluminados
lâmpada acesa
gostar do escuro
do quarto
só quando você
lá está

Ponto.
estamos prontas
pra outras
saudades
pra outros
segredos
que não os nossos

22/07/09 (Capitu)

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E sempre demora pra arrebentar

>> 22 de julho de 2009

Naquele começo engraçado e mal dormido rindo de tudo e falando o dia inteiro quase fugindo da pressa depressa e ligeiro pra ir mais devagar, eu não sabia que você não ia aguentar meu sorriso largo na sua vida. Mas eu juro que meu sorriso não pode nunca pesar mais que este peso imenso do ato de se sentir machucar.
Se tá pesando demais, solta a corta. Me enforcar vai ser pior.

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Faz o seguinte:

Me enche o saco que tá tudo vazio aqui dentro. Vai ver se eu tô na esquina. Se estiver, me pega pela mão e me manda pra puta que pariu, ela deve estar precisando de ajuda com o bebê.

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hell uma pinóia, que às vezes dizer palavrão faz bem

>> 21 de julho de 2009

Não me venha com "tudo bem?"

que isso não é pergunta que se faça
não é estado que se responda.
Mal tudo não está
Mas não me venha com nada
apenas vá para o inferno.

Eu não vou te esperar.

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Eu crio meus próprios conceitos, eu tenho meu próprio amor

>> 20 de julho de 2009

Lembrei que ia escrever sobre o conceito bizarro que eu tenho de amor, e não sei porque o acho bizarro quando é muito mais estranho amar pra sempre em tempos de hoje.
Eu não digo eu te amo, porque depois passa, e as pessoas, se tiverem conceitos diferentes, ficam achando que não passa, não, que é pra sempre.
Eu não digo, mas eu amo. Por momentos eu amo.
Depois só gosto muito. Depois gosto, lá no fundo. Depois já passou, já vem outra pessoa.
Mas por momentos eu amo.

Vai me dizer que isso não é amor de verdade?
Porque quando dói até o choro, e quando anima até o sorriso parece bem real pra mim.
Não vem questionar meus conceitos. Meus conceitos são todos corretos.
Não vem questionar meu amor.

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>> 16 de julho de 2009

tanto tempo
Augusta-centro
dói no peito
essa saudade imensa
da cachaça envelhecida
da cerveja importada
fermentando na barriga
trocando as pernas
trançando o coração
pelo fígado maltratado
Oh, Augusta, mulher infiel!
que me deixa cabisbaixa
queixo caído de paixões
tantas,
que perdemos a conta
das garrafas

Augusta (BH) 15/07/09

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>> 11 de julho de 2009

Quando ruborizada
por um simples olhar
sereno

Quando como perdida
pelas ruas caminho
sem olhar
pra trás

Quando nada mais cheira
além do seu
cheiro

é que me sinto viva

nua em pêlo

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Você sabe do que eu tô falando.

Tem coisa mais sincera que deixar nosso coração pra outra apunhalar?

Será que tem jeito melhor de mostrar que a gente gosta muito delas,
e depois de tantos rounds perdidos, ainda estamos aqui, curando todos os roxos e cortes pra poder aguentar os próximos?
Porque, alguém deve dizer, esta demonstração é horrível.
Você vai achar que pode aguentar tudo, mas espera só até sentir o sangue na boca sem poder cuspir.
Porque se você cuspir, ela vai ver. E você ainda não tem certeza se prefere trocar as punhaladas pela ausência.
Um pouco de amor próprio aí nesse peito seria bom, suas amigas vão dizer. Porque até elas estão cansando do sofrimento. Do seu.
Mas puxa, melhor que amor próprio agora talvez fosse amor alheio.
Sorvete na boca, ao invés de sangue.
Palma da mão no peito, ao invés de punhal.

[me inspirei com Marina Xisto ]


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E macaco velho não re-aprende.

>> 10 de julho de 2009

Eu queria escrever sobre o potencial que eu não tenho, e sobre o orgulho que eu nunca tive.

Mas ia desviar pra mentiras, pra trapaças, pras teias de aranha na praça do Relógio eu ia desviar pra lembrar daquela música dela, que me disseram que parece comigo, mas que eu nem conheci, e seria plágio colar a letra.
Depois eu ia desviar pro lado de fora pra não machucar mais por dentro, porque quando o frio te acerta vem em cheio no meio do peito. É melhor correr enquanto pode.
Então, mais uma manobra pra falar do que eu não posso, que eu não corro, que eu não sei fugir da raia.
Daê viria o surfe, minhas metáforas ridículas que só são verdadeiras na teoria. Na teoria... ah! Droga de teoria. Eu achei que sorrir era tão fácil. Mas o peso do maxilar só me faz pensar que tudo enferrujou aqui dentro. É por isso que o coração dói quando bate, que eu estranho o ar a mais no pulmão.
É por isso que a gente vai fingir que tudo bem, vai sair com pedidos de desculpas vazias completamente aceitos pelo medo de perder tudo pro nada assim:
A gente se deixou enferrujar pra viver.

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Ou então me chame de maluca.

>> 7 de julho de 2009

Jura que você vai me fazer tipo? Esperar pelo acaso?
Nestes sete meses todos os acasos pelos quais você esperou fui eu quem criei, sabia ?
Faça a sua sorte, me disseram uma vez, e eu fiz.
É, caiam os queixos, eu estava te manipulando, sim.
Porque só assim uma carona viraria mão na coxa.
Só assim eu te beijaria pós-verdade ou desafio.
Só tendo que dormir na minha casa você treparia comigo.
Fui eu que dei um jeito em tudo, você bêbada sem poder dirigir, a gente bêbadas e entediadas, você bêbada sem poder voltar pra casa.
Pode me chamar de Deus, se você quiser, por ficar mudando o destino criando coincidências pra mudar o fim.
Você sabe que pode me chamar de qualquer coisa, mas, por favor, não faça tipo.
Você não tem idéia de como foi difícil planejar tudo em silêncio assim.

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>> 6 de julho de 2009

E ir além dos olhos cansados, cerveja pesando no estômago e, momento aquele em que as idas e vindas do banheiro não resolvem mais, a gente se cansa até do cansaço.

Pensar em momentos vividos antes e perceber que a nostalgia cura tudo e nos coloca doentes, diante da preguiça enorme que sentimos do mundo. Não, não é em uma mesa de bar que vou digerir todos os meus problemas, mas o efeito, caros etílicos, resolvem alguma coisa por hora. Felicidade clandestina & momentânea.

Sinto por questionar tanto e por amar tanto. A vida é cheia de ladeiras e curvas e paralelas, que quase nunca sabemos se aquele é o caminho correto. Nem o fim me dá respostas.

Quase sentindo que um pouco de tudo vale muito mesmo. Que se fazem dos dias de sol, de chuva? E quando o vento passa, leva o quê da gente e pra onde?

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Voltarei.

>> 1 de julho de 2009

Eu devo ser viciada nisso, porque depois de terminar um post, vem a satisfação dos minutos, mas depois, ela já sabia muito antes de mim, vêm as horas.

Se eu fosse uma viciada produtiva, também dava pra fazer um livro se passando em um dia.
Toda confusão no cérebro parece muito maior no momento em que é.
Mas depois, meu amigo, eu diria num bar, depois de muita cerveja, depois, tanto faz.

Toda a importância do mundo cabe nos minutos.
Pra você ver como são fugidias nossas importâncias, nossas ânsias, nossos sonhos pela felicidade progressiva.
Eu sou viciada nisso porque eu sou.
Minha felicidade estanca e o que estanca cansa.
Aqui eu posso sempre voltar e ir mais além.

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