Telecats

>> 30 de agosto de 2009

Tenho aceitado fatos. Favores de presentes.

Dos que se fazem.
Não tenho fugido nem escapado.
Pra voltar atrás, só se for pra te olhar
de novo.
Agora encaro de frente quando passo de lado,
pra não encostar.
Agora, decidi arriscar:

- Oi, essa é minha amiga - você vai dizer.

Prazer.

[mas 'sweetelowagenteprovaelogoesquece']

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orvalho em flor.

>> 27 de agosto de 2009

Eu prefiro que você fale de amor. Gosto do gosto de seus dedos em meus lábios e do meu sorriso entrelaçado ao seu; sua mordida aguda em minha boca que se cala, pelo prazer de ouvir teu silêncio.

Gosto, até, de seus vícios, da sua música, do seu caminhar despreocupado, de suas feições de moça livre. Venero os seus olhos em versos que a ressaca devolve à areia. Gosto do moreno de seu corpo, dos seus cabelos soltos, da raiz às pontas onduladas, irregulares por você mesma.

Prefiro o seu corpo à meia luz, ao alcance de meu toque solitário. Gosto dos movimentos involuntários do meu estômago, quando percebo um quê de romance em seus olhos.

Gosto das suas mãos, dos seus gestos, do seu humor, da paz que equivale estar ao seu lado. Me apaixono por cada sinal vermelho ultrapassado, cada curva, por cada face sua [as que conheço e, principalmente, aquelas que ainda representam um mistério doce].

Prefiro um viver intenso quando me recordo que você faz parte de mim. Ansiosa, colho, em momentos de sede, todo o desespero gelado de minhas saudades; torno o momento presente necessário de encontro, necessário de nós.

Gosto de ver você dormir, de te perceber despertar após longa noite de trocas infinitas. Sobrevivo a cada verso seu, como se fosse o último, e tanto me emociono que meus olhos choram sem chorar, secos e expressivos, guardando um tudo sobre você.

27/08/09

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Tá no inferno, encoxa o capeta

Mas... Ah... Tá tão literário sem você!

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Desabafo do desespero desanimando.

Mas, gente, alguém ajuda. De que adianta se agarrar com força nas pontas de cabelos novos, se forçar pra viciar em novos cheiros, se o que você quer vem correndo e bate na porta?!

Eu sei que se eu for abrir, como tenho querido, mas me segurado para não, você já vai ter ido embora, porque a gente sente mesmo falta de tudo que não é mais, mas também sente medo de voltar atrás, e não te culpo, não há como culpar.

Mas... ah!
Ah...

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Barbado Procura

>> 25 de agosto de 2009

Dentre alvéolos espinhosos de amargura
Encontro-me perdido e emancipado da ternura.

Eu, que bravo me desloco pelas ruas,
desbraveando velhas conjecturas,
despindo o pudor das tanajuras,
vou sofrendo pela falta e pela usura.

Mas há de se saber que o que passo agora,
bem ou mal, é fruto de razões de outrora.

Eu, que quando casto, elogiava seu alçado
passo enevoado e sua altiva beleza.
Sofria calado, cultivando saliva, tempo e espaço
para beijar vossos pés, ó realeza.

Quando muito lhe dizia, lhe pedia desesperado,
dai-me uma chance meu amor querido,
dai-me o tempo que te dou o mundo,
dai-me um beijo, que te arranjo o tudo.

Um velho. Hermético. Decrépito. Fajuto e sem amor.
Deste protótipo de homem, foi o que restou.

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além.

>> 24 de agosto de 2009

Se palavra fosse
não seria
transformar as suas
dúvidas em negativas

Se bicho pudesse,
facilmente reconhecida
com qualquer veneno
tornaria borboleta livre
esmagada no parabrisa
nervoso de carro
em trânsito lento

Mas nasci mulher
nenhuma Maria
sofrendo, sangrando
ver por mês/hora
ou outra por dia

Fosse feita, porém,
desse sentimento todo:
alcoolismo.
Grama por litro
da garrafa de vinho
ao alambique de Minas
da cevada morena
a qualquer lugar
desse mundo do qual
você não faça parte
alguma
nem me possa
afogar as idéias
por amor.

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des a tino

>> 21 de agosto de 2009

Um papo assim meio furado, vazado. Desses que começam com...

A:...Eu queria mesmo era ser poeta.

B: É mesmo, cara? Eu não. Eu queria mesmo era ser bicho. Não é plágio do Graciliano, não. Mas eu queria ser bicho. Desses vermelhos de sol, terra e pele rachada, dedos grossos e expressão fechada. Queria destilar instinto pela estrada. Sem poesia, sem métrica.

A: Então, poeta.

B: A gente não vive nada, aproveita pouco. Super-estima-os-sentimentos-bons-e-desaprende-a-expressar-desatino.

A: Acho que você anda amando muito pouco.

B: Pelo contrário, meu bem. Amo demais. Amo pessoas e amo meu amor pelas pessoas. Amo o antes, o durante e o depois. Amo o sexo, amo o papo, amo as brigas, amo o demais. Tô começando a odiar o meu amor.

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Alakazam

>> 20 de agosto de 2009

Um passe de mágica não passa de mágica

Como seria esquecer você

Sem ponto de

interrogação

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cedo.

>> 17 de agosto de 2009

quem tem sede [a]?
te ofereço minha água
(im) própria para uso
oral.


Minha mala pronta
encostada no batente da
porta abre um vão
janela pra noite
que anda fria desde
que era dia feito
E fria pela partida
minha querida
partida minha
Chequei três vezes
e, no trem de despedida,
beijo roubado no canto:
- da boca;
- escuro da estação.
percebi, então, que esquecia
não a escova de dentes
calcinhas ou desodorante
mas a parte que
me cabe que
me encaixa no mundo
que me tira do sério
e bagunça meu criado-mudo.

17/08/09

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Entre novidades, ambiguidades e arritmias que sabemos bem

Outras foram mais e melhores que você, pode crer.
Mas, prefiro te achar ridícula gastando saliva num cigarro ao invés de ter meus melhores pedaços na sua boca.
Que nem quando era começo de paixão bandida...

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For God Sake

>> 16 de agosto de 2009

Ambíguo pelo umbigo.

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Das coisas todas que não fazem sentido:

a que eu mais gostava era você.

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O novo novo

Faço acordos, troca com troco, retorne aqui.
Restitua o todo, respeito é pouco, maltrato sim.
Pela morfina, eu não sei onde meu dramin foi parar!
Se for ver, não estou na esquina.
Você me deixou pra trás.

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devo saber

>> 12 de agosto de 2009

Da vida que passa, a gente
não sabe por onde começa
ou termina o dia:
como quem não quer
nada tem.

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Sei (aquele que pensa saber e proseia)

Não direi nada, então. Nada que importe à sua palavra.
Meu sorriso é frio, vazio.
Meus braços, sem os seus macios, sucumbem sozinhos.
Depois acharei que não, mas sei que já fui motivo.
Fui desejo ativo, e começo de paixão bandida.
Depois de desistir, suspirarei fundo. Doeu. E não volta.

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A saber:

>> 8 de agosto de 2009

Antes de dizer algo, saiba que suas palavras já não importam.
Seu elogio não faz mais sorrir.
Seu abraço não conforta.
Antes de achar que sim, saiba que você não é mais motivo.
Nem centro de desejo, nem ponto de partida.
Antes de desistir, respira fundo. Vai doer. E demora.


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essa tal de felicidade...

>> 6 de agosto de 2009

Abra a janela que é o teu sorriso. Pra esse mundo doente, não faltam mais infecções que inventar. Percebe que você é corrigido o tempo inteiro? E, sim, eles te observam por entre as frestas do tempo, o tempo inteiro. Ei, não há como fugir, entenda isso de uma vez por todas!

Eu amo, assim, e até pronuncio as três palavras mágicas, de puro sarro: “Eu te amo”. E nada mais do que sei parece valer alguma coisa. Nada além. Consigo, até, me sentir bem após um filme bem escolhido no cinema. Não me lembro qual foi a última vez que assisti a algum filme atraída pelo cartaz. Devo me comportar assim com as pessoas também. Mas insistem em dizer que eu corro pra todos os lados, cega & displicente em minhas escolhas.

Viver... É questão de tempo? E se for, quando o tempo acaba, no que ele se resume? Como fugir do tédio é impossível, a gente se masturba, de diversas formas. Tocando a nós mesmos, tocando o outro, terceiro viés de ilusão, de paixão à flor da pele. Mas quando é que isso acaba? Isso de se apaixonar perdidamente, de se perder pela madrugada, de caminhar sozinho à noite, de acordar tarde, de levantar cedo.

Mas também não é assim. Eu poderia acabar meus dias como Kerouac, vivendo às custas de latinhas de cerveja, da geladeira para o sofá, vendo televisão até sentir meu cérebro derreter. E digo que também não é assim... Mas como é mesmo?

[escrito datado de 06/08/09, inspirado pelo texto logo abaixo]

Nota: as questões existenciais da autora continuam sempre as mesmas, desde sempre.

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Eu engano

>> 4 de agosto de 2009

A gente teve um diálogo incrível, e depois ela disse que sempre se identificara com meus óculos. E eu respondi:

- Sempre me identifiquei com seu não levantar de voz.
Ela não entendeu, e eu disse que faltava aquilo nas pessoas, às vezes.
Conversar com ela me dava uma calma muito grande, e às vezes eu até me sentia escorregar pra um conto bonito do Caio. Me sentia escorregar pra fora da vida.

Nas festas eu sempre gostei de desaparecer. Sair de fininho, torcendo pra ninguém notar minha ausência.
Depois, a custo, aprendi que antes que não te notem a ausência, é preciso também que não notem sua presença. Então, me especializei nisso também.
Aprendi a falar baixo, a não opinar, a não me exaltar, abstrair e a fingir.
A fingir eu aprendi tão bem, que a certo ponto, quis ganhar um reconhecimento de melhor fingimento. Então me aconteceu essa coisa engraçada de ter que aprender a mostrar que eu tô fingindo, quando quero reconhecimento.
Complicado, né?
Algumas pessoas chamam isso de sinceridade. Outras chamam de mentira.
Eu chamo de cansaço da exposição.
Ganhei tal gosto pela enganação que me agrada muito perceber que a pessoa não me conhece e que está sempre errada sobre mim.
-Vamos lá, eu finjo que não! & -Pode me bater, eu sangro.
Mas ninguém te bate quando você quer apanhar.
Não há, nunca, reconhecimento pelo seu sofrimento calado. Nem mérito pelos 10 segundos que você consegue contar, antes de mostrar seu verdadeiro, e horrível, eu pra alguém.
Drama só é bom mesmo nos contos do Caio. Se você não botar um sorriso na cara e não quiser se divertir o tempo todo nesta vida, fodeuobrasil.
Mas então, eu tive essa conversa incrível com ela. E me identifiquei com aquele não levantar de voz, e ela se identificou com meus óculos.
E eu senti naquela voz baixa o reconhecimento.
Não apenas o "tô errada sobre você", que aliás, nem era o caso. Porque em certos pontos ela acertava em cheio. Mas sim o "já percebi que você tenta enganar, parabéns".

Obrigada.

[para minha colega de textos, Cecília,
que várias vezes escreveu o que eu queria
mas que não conseguiria]

4-5/08/2009
Nah Safo

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só não vá se perder por aí.

>> 3 de agosto de 2009

O triste se faz por nós mesmos, garota. Esqueci um isqueiro com você, parece que foi ontem. Deixei minhas malas por fazer, desde que voltei pra casa. Não tive coragem de colocar as roupas todas no lugar. Você me fez metade do que fui. Vosmecê se foi, partindo em alguma dobra do tempo.

E se você se apaixonasse por mim? Que diria a sua moral vigente? Viveria, acima das coisas, o sentimento tal, ou sairia correndo pra algum canto escuro de você?

Tento fugir daquilo que corta, faca no peito, poemas, cinzeiro transbordando minhas culpas, questões existenciais, roupas sujas, meias furadas, falta de grana. Preciso sair correndo disso tudo que te diz respeito. A minha vida, a minha arte, te diz respeito. E não quero mais esquecer de mim, pelo prazer inigualável ejaculando da criação de algum amor. Quero é viver um, até que alguém me esqueça.

E se a gente se esquece por um tempo, lembrar depois é como um soco no estômago. E não falo apenas de nós, mas dos outros, que acabam compondo o que me falta quando seus olhos não estão por perto. E se eu me esqueço, por alguns momentos, que as minhas saudades não dizem respeito a mais ninguém, a não ser você, retorno como se estivesse dormindo por semanas a fio. Desperto pro mundo com um soluço preso na garganta e tudo o que posso fazer é gritar.

Decidi desfazer as malas todas e colocar cada coisa no seu lugar de direito. Melhor assim, melhor pra nós. Desviamos nossos caminhos, sim? Eu pra lá, você pra cá. Nada de esperar mais. Vamos! Um dia, talvez, o reencontro se faça. Talvez se faça, num outro tempo, em que as flores & o jardim estejam vomitando suas cores, refletidas em seu rosto moreno, em meus olhos de.

[03/08/09]

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Desespero

>> 1 de agosto de 2009

Não é possível que, pro resto da minha vida, só o começo dos amores sejam realmente bons.

Se no começo você quer continuar, o que é que se faz com a continuação?
Bota um fim?

Mas...

E agora?

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