Barbado Procura
>> 25 de agosto de 2009
Dentre alvéolos espinhosos de amargura
Encontro-me perdido e emancipado da ternura.
Eu, que bravo me desloco pelas ruas,
desbraveando velhas conjecturas,
despindo o pudor das tanajuras,
vou sofrendo pela falta e pela usura.
Mas há de se saber que o que passo agora,
bem ou mal, é fruto de razões de outrora.
Eu, que quando casto, elogiava seu alçado
passo enevoado e sua altiva beleza.
Sofria calado, cultivando saliva, tempo e espaço
para beijar vossos pés, ó realeza.
Quando muito lhe dizia, lhe pedia desesperado,
dai-me uma chance meu amor querido,
dai-me o tempo que te dou o mundo,
dai-me um beijo, que te arranjo o tudo.
Um velho. Hermético. Decrépito. Fajuto e sem amor.
Deste protótipo de homem, foi o que restou.

Encontro-me perdido e emancipado da ternura.
Eu, que bravo me desloco pelas ruas,
desbraveando velhas conjecturas,
despindo o pudor das tanajuras,
vou sofrendo pela falta e pela usura.
Mas há de se saber que o que passo agora,
bem ou mal, é fruto de razões de outrora.
Eu, que quando casto, elogiava seu alçado
passo enevoado e sua altiva beleza.
Sofria calado, cultivando saliva, tempo e espaço
para beijar vossos pés, ó realeza.
Quando muito lhe dizia, lhe pedia desesperado,
dai-me uma chance meu amor querido,
dai-me o tempo que te dou o mundo,
dai-me um beijo, que te arranjo o tudo.
Um velho. Hermético. Decrépito. Fajuto e sem amor.
Deste protótipo de homem, foi o que restou.
3 Junte-se:
Agora releiam e imaginem Michel Melamed, como DomCasmurro recitando isso.
reli e releio.=]
quase um soneto.
gostei muito.
musicando.
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