!oceano,

>> 21 de setembro de 2009

Versos de lágrimas que por cá escorrem, são versos de páginas que por aí rolam.
Seu universo, que uni versos de versos diversos, derreteu o meu.
Dentro do prato de pose e de prova, posto a palavra que pausa provoca,
Quem pra ti, por mim e contigo, chora, sou eu.

Calor de amor que me cala o frio.
Te amo.

Para a única cadeira que já amei: Cila.
(em resposta à Mira: mar!)

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Mira: mar!

E tudo o que se quis surge aos montes, como vento de setembro-chuva, tanto quanto alecrins no maço.

Mas, tal como se lê, tudo é mortal nessa vida tola. Poetas, até. Inclusive os tais, que de tanta eternidade já beberam, maneira tal de transformar em estatística as métricas, as rimas: “Meu primeiro poema falava de amor”.

Enquanto mortal, com o perdão dos que ainda sonham, o poeta, ser mais sem-vergonha e sensível que se pode haver no mundo, se morre um dia (na certeza de uma morte), morrem também os sentimentos emprestados ao poema, que um dia foi tinta, apenas. Porém, como quase tudo se recicla no mundo das idéias livres, cada coisa que me sai das entranhas, quando posta pra fora, já não pertence mais ao meu universo, mas imprime nos outros sentimentos de outros – sentimentos estes, antes tão intimamente meus.

E quanta fragilidade cabe num sentimento!

E que tamanha falta de sorte me foi imposta por sei lá quem: poeta que sou, de quando em vez, desconheço por completo a procedência duvidosa de meus próprios versos, que, para mim, não vem de lugar nenhum, tal como as borboletas que se escondem por aí (e são poucos os meninos de cidade que conhecem as casas dos tais bichinhos. E eu, tão-pouco, nascido e criado no cimento, nem sei se as tais dormem, e onde, nem quanto!).

Pois, poeta que sou, também amo de verdade e nem sempre o amor me levanta as orelhas pra novas rimas que surgem aos montes, destinadas à moça das pernas longas, que ontem vi passar na feira. É tudo mortal, tudo imoral. Eu que vos digo, bem sei.

Um tudo não passa de nada, ao avesso.

Para um dos grandes amores da minha vida: LG.

21/07/09

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Morte ao [ ]

>> 9 de setembro de 2009

Se de fato é tudo uma conspiração, sinto. E é verdade que quase todos são simpáticos aos nossos olhos, mas é mesmice da mais pura ilusão. Dia ou outro, somos postos à prova quanto ao limite do ódio e a refração da angústia. E eu me deparei com qual situação. A ira e a fúria que adormeciam por pouco não se soltaram. Veia na testa, mãos tremendo, olhos de assassino e voz de trovão. Sorte dos ofensores, que não tiveram minha raiva em seus pescoços. A falência do sistêmico se dará em ordem à base da pirâmide. Gritarei sim, roubarei sim, matarei sim. Amor, pena, simpatia ou qualquer outro fruto de carícias serão aprisionados até segunda instância. Maníaco-depressivo (bipolar)? Sim. Declaro, veementemente, GUERRA.

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Maysa

>> 8 de setembro de 2009

Juntados!

Tomei a liberdade de juntar mais uma ao junto.
Maysa, pra quem não conhece: http://superabundante.blogspot.com/

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"Eu ficaria nua pra você"

O trem descarrilhou. Parafuso solto. Estavam dizendo de sabotagem, mas pensar assim se torna absurdo. Complexo, paranóia. O espaço de tempo entre uma e outra estação é suficiente pra uma sensação claustrofóbica de segundos. O mal do mundo sempre foi a idéia de felicidade; melhor, então, deixar isso de lado e pensar nela como uma amante esporádica: não cobranças, não apego, não esperança de retorno em noites frias & solitárias. Melhor parar de jogue & ganhe, de perdas & assaltos. Desencanar do tudo que mais parece nada, quando se pára pra pensar realmente naquilo.

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Poder

Eu tenho que acreditar nesses impossíveis de te ter longe da mente porque eu vivo de impossível quando me dizem que não é possível que você tenha feito esse erro novamente. Mas será possível, você nunca aprende?

Não é possível: eu não vou aprender.
É possível eu querer voltar pra você?

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Quando eu merecia trechos de Caio Fernando Abreu

>> 4 de setembro de 2009

Era chato, coração batendo o dia todo. Que rotina. Chorar era só de leve, se fosse por bater o dedinho do pé na cadeira. E o carinho irritante na nuca, puta merda, dava aquele arrepio inconveniente que chegava às extremidades do corpo. Credo. Peitos com costas, narizes com pescoços, tudo roçando. Como era prevísível acordar abraçado, fisicamente ou não, ao amor. Nem era literatura.

Prefiro agora. Agora choro soluçando gratuitamente.

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do começo ao fim

>> 3 de setembro de 2009

Ou o real possível
é possível só ao lado seu
olho de canto
olhando de frente
pra uma vida toda nossa
sem precisar virar
o pescoço pra outro par
de pernas

quero saber quem vai
devorar o primeiro gosto
desabotoar primeiro as calças
atingir o primeiro orgasmo
acordar de manhã, cedo de sol
acender o primeiro cigarro
e pensar num inédito amor

Ou nada se toca
nesse mundo concreto
de sensíveis dores alheias
sentindo de novo
um pouco daquilo
que me traz você tão de volta
tão presente, tão faca no peito
que nem preciso fechar
os olhos

quero saber quem foi
embora antes, quem desistiu
primeiro horário da noite
quem tirou os lençóis da cama
e chorou na janela aberta
quem primeiro adormeceu
sem ter que pra quê dizer
Boa noite.

03/03/09

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Do que seria

Eu fico me lembrando de todas as coisas que a gente não chegou a fazer e já tenho certeza que não aguento mais viver todos esses dias.

As paredes vão caindo, o amor em ruínas. Não tente passar por cima de mim, menina.
Não tente, porque eu deixo.

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quase-quê

>> 1 de setembro de 2009

Essa sensação de quase. É quase eterna. eu
quase cheguei, a gente quase foi, você quase
me quis. Eu quase acordei pensando em você.
Quase te liguei ontem. Quase fumei. Já é
quase dia. A gente quase ficou. Eu quase
entendi. Quase te incomodei. Você quase
voltou. É quase imoral. A gente quase falou,
mas quase deu certo.

Deu quase certo.

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